Alto! Levantai pois estandartes antigos,
Ultrapassadas interjeições de antiga glória.
Erguei aos céus as lanças-relíquias,
Repeti de novo cânticos já antes entoados.
Gritai! Estilhaços desses sonhos de outrora,
Onde bebíeis à mesa dos deuses.
Olhai como agora estais decandentes,
Menos que resquícios ensombrados,
Inferiores a canções lúgubres sem voz.
Vede como caís na desesperança,
Espiralando em ruínas sombrias de degradação.
Das escadas da fama descestes cambaleantes.
'Sperai, que ainda restam as memórias!
Das áureas vitórias sobram ainda recordações.
E o antes não é, jamais, o agora,
Mas nestes pedaços do que foi embrenhai-vos,
Retomai de novo estas armas jogadas em rendição,
Tomai uma outra vez esse fervor abandonado.
Sois capazes de reconquistar as canções perdidas?
[10.10.2008 flul]
5 comentários:
Lindo *.*
(Gostei de ver nele espelhada a minha decadência.)
Estás aqui estás a levar com a decadência num sítio que eu cá sei.
Realmente está lindo ^^
E acredito que conseguirão reconquistar as canções perdidas, desde que se esforcem por isso!
Beijinhos!***
Partiram-se. Serão capazes de se colar?
Vocabulário perfeito. Poema intenso. Lindo. *
Tiago.
Belo poema!
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