Não quero perder
As horas que passam,
Não quero esquecer
Os segundos que fogem.
Desejo pois, inocente,
Que de mim não se apiedem;
Criança eternamente,
Vivendo à beira do tempo.
Mas se o tempo não passa,
Ai de mim!, não te sinto.
Se os segundos fogem, que desgraça,
Os momentos nunca chegam.
Na minha pele beijo gelado,
É de frio meu estremecimento.
Não me aquece o tempo, amaldiçoado,
Sem sensibilidade de corpo.
E és tu, então,
Meu relógio de tempo parado,
Tu, tua fria mão,
Que aqueces meu dia cansado.
[Dedicatória.]
1 comentário:
Está lindo, pequena. Acho que estou a chorar. x) *
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