Quero sentar-me na noite e jogar às cartas com o Silêncio.
Esquecer que há mais que aquelas trevas banhadas de luz rasgadae que aqueles momentos em que as horas não passam.
As cores fundem-se e mesclam-se suavizadas pelos candeeiros,
pelos travos de luar na língua - agridoces, amargura em pó -pela companhia única que somos eu e o Silêncio.
Se eu não bisco ele não bisca e jogamos assim,
por turnos, este jogo de sorte do qual não gostomas serve de entretien e te enlaça e a mim.
para o ralo de vácuo do sono) o que me faz a ti tão apegada.
E se não te quero comigo apenas canto.Trazes contigo o calor da Raiva e o frio da Solidão,
e quando, nesses raros momentos de luto por ti,vens só, somos quase amantes cansados, não é verdade, meu doce Silêncio?
Se cometêssemos o adultério das palavras,
tropeçando em votos teus por ti por mim por nós pelo resto,abandonavas-me sem a misericórdia do relancear último.
as encarnações que vivemos tantos e muitos anos,
és a minha ternura serena e eu sou a tua mundaneidade.
3 comentários:
Ah... dá um pontapé ao silêncio e joga ao peixinho comigo! =D
(Muito lindo ^^)
Beijinhos!
Lindo, lindo. A fazer jus ao primeiro verso revelado há uns meses. Gostei imenso. *
Tadito do silêncio, Leto. ;_; E eu não gosto de jogar ao peixinho. xD
Na verdade já tinha escrito este poema há uns tempos, inacabado, porque não tinha achado que fizesse, como disseste, jus ao início, mas encontrei-o nos rascunhos no outro dia e achei por bem acabá-lo e postá-lo. :P
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