d'imprevisto constrito recuou, temeroso,
perdido de infâmia vil,
cruel sensação de tempo incrédulo,
oxalá os deuses fossem imortais.
com eles se vai a glória, o árduo esforço,
os louros que os coroaram de bravos cavaleiros do futuro.
todos os futuros se gastam,
embalados na inconfundível corrente d'infinitos
sentidos com cálidas palmas de insossa desonra.
por que não nos fomos com eles,
avatares dos sonhos terrenos,
agora são-nos abstrusas suas vontades,
emaranhadas de insanidades coruscantes.
que de ofuscados nos ficamos, roubou-nos a vida a voz,
o tempo a fama, a memória a sombra;
resta-nos esperar o último futuro,
presente que nos espera, iminente.
[Para o Colinas.]
4 comentários:
Tão lindo! ^^
E os deuses são imortais! Tirando aquela deusa que matámos... Muahahahaha!
Não são não. xD E não é não. x)
Eis um óptimo poema. Honestamente um dos que melhor me soou à leitura nos últimos tempos.
Hatecraft, http://hatecraftld.blogspot.com
Obrigada. É sempre um prazer saber que agradamos.
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