quarta-feira, 14 de julho de 2010

lá fora

lá fora.
entre os candeeiros acesos para matar as estrelas
e as janelas corridas para não entrar a noite
lá fora.
onde estão os crepúsculos e amanheceres
e o sol e a lua giram pelo fim, exauridos
lá fora.
imersos no vento que é sopro de frestas,
feito de suspiros de vozes embaladas
lá fora.
no lugar onde os acordes de músicas perfeitas
arrancam notas de jubilosa tristeza

lá fora.
lá fora estão todos os caminhos e lá fora perdi-te,
era doce de viagens de casa em casa, sussurros de brisas,
carícias, pecados, sonhos desconhecidos da derradeira.
como pode o mundo ficar para trás quando o carregas no peito?
lá fora é a serventia do silêncio obliterante,
do rodar das engrenagens que te amam a alma.
se a tens.
lá fora perdes o dom da nostalgia pelo da melancolia
e a todas as horas os dedos gastam-se pelo dedilhar de pianos sós.

ao longo dos passos caminha a sombra dos dias felizes,
lá fora.

[ao biscoito]

10 comentários:

Nono disse...

Como sempre, lindo. Funcionou muitobem a estrutura que escolheste. Adoro mesmo as tuas "insanidades". <3

Kath disse...

Oh. Obrigada, Nonó. :)
Isto andava mesmo às moscas, lalala.

Leto of the Crows - Carina Portugal disse...

Chamaste-me de mosca! O.O *sniff*
Está muito lindo, é bem verdade =D

Kath disse...

>.<
Obrigada, Leto. :)
*abraço*

Blood Tears disse...

Lá fora
A poesia dança sonhos alheios....

Belo!

Blood Kisses

Kath disse...

Muito obrigada!

Biscoito disse...

É para miiiiiiim!! gostei tanto bolacha! obrigada ^^

Kath disse...

De nada, biscoito. ^^

Patrícia disse...

Tão bonito, Kath. Como de esperado, é claro. Gostei muito da estrutura também ^^

És a maior Kath xD

Kath disse...

Obrigada, Lifi. xD
E ainda bem que gostaste. :)