Perdemos todos os passos que demos
Passos foram-no em tempos, são ecos
Agora não servem mais que memórias.
Serenamente gozámos a juventude
Ficamos com o passado nas mãos
Pelas ruas gastámos os passos.
Deduzimos, pelo que vivemos,
Que não há vida justa nem subtil
Que de secreta não tem ela nada.
E todas as canções que cantámos
Oh, tantas, lembro-me de todas!
Deixaram na língua um travo azedo.
Jogámos as inócuas preces ao chão
E as noites pereceram no tempo quente.
Que visão exausta. Que tirano mundo.
[A todos os que me fazem sorrir.]
4 comentários:
Não saiu soneto, mas está bonito à mesma.^^ E melhores tempos virão. Enquanto não vêm, valham as memórias, porque essas têm a capacidade de proporcionar repetidamente a alegria do momento a que se reportam.
Nunca é a mesma alegria. Apesar de tudo, vai esmorecendo.
Há que saber alimentar as memórias, saber guardá-las e preservá-las. Torná-las eternas e não passageiras.
Gostei muito do seu poema, donzela ^^
Beijinhos!
Eu também gostei oh fofura ^^
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