Pobre crença destroçada,
Farrapo vogando perdido,
Foi Fado teu (incompreendido)
O de crença falsa, maculada.
Nada te prende ao presente,
Sopras tuas palavras gastas
Para longe, tão longe, as afastas,
Lança-las agora à célere corrente.
Corre o rio embrulhado em si,
Sempre no caminho mesmo e, todavia,
Não corre já o rio que usuía,
O rio ao qual, um dia, deitaste parte de ti.
És pois agora estilhaço,
Caco requebrado e inútil,
Vida esquecida, perdida e fútil.
Se ao menos ao rio não deitaras pedaço.
[20/09/09]
2 comentários:
Por alguma razão que me ultrapassa (tudo neste mundo me ultrapassa), este poema deu-me vontade de chorar *sniff*
Mas está mui mui mui belíssimo ^^
A mim também me deu, enquanto o escrevia. xD É mais ou menos dedicado a mim.
Obrigada. (:
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