segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

fica

fica, não partas também.
deixa-me ser teu olvido e
a tristeza de teus olhos baços

não vás, quero-te aqui.
quero o teu som rouco de idade
e a tua consistência constante

as partidas são tão longas
demasiado
e não sei mais onde esconder as lágrimas

não partas também, fica.
deixa-me alimentar-te com meus sorrisos
e viver-te com a honestidade murada

[se a hora for definitiva
e a perpetuidade do que desejo se for
serás de todas as cores de que 
são feitas as estrelas
e não estarás só]

2 comentários:

Leto of the Crows - Carina Portugal disse...

*Abraço gigante*

Anónimo disse...

A tua capacidade de tranformar tristeza em beleza é enorme.
Tenho pena pela tristeza mas a beleza enche-me o coração.

Este poema faz-me pensar nos dois que tive de deixar partir.

*abraço*