imortal vontade de anti-persistência
não sabes que teimas demasiado?
dói! pára, que me magoas
inimiga cruel, aliada traiçoeira
feres-me com tuas adagas de marfim, mas
estão manchadas a vermelho
recordas sangue.
então é assim que condenas os inocentes
nunca concedendo - desconheces a palavra - misericórdia.
tua vergonha banha as horas
eternamente.
(...)
ergues-te - déjà vu.
ganhas, perdes, no teu centro incontestado
ondulante e infame crença nas flores - e Echos
controlas (-te), e jamais houve tão bela demonstração de amor-próprio
escondes-te, sem te ocultares, na 'splendorosa luz do dia
nada há que não anseies, não é assim?
tomas em ti a tua singularidade
rasgas - numa miríade de pedaços -
infracções alheias
sumindo-te, depois, para os recônditos superficiais
morosamente afastados, por mim (ou por ti - que importa?)
onde não será, alguma vez, deserto corrido de paz.
4 comentários:
A indiderença e o egocentrismo são realmente duas cruéis desavenças da alma que deveriam ser abolidas.
Lindíssimo! ^^
Não sei se deveriam. Gosto bastante do meu egocentrismo, muahah! A indiferença também tem as suas vantagens.
Obrigada. =)
Olha, olha!
Um belo poema duma jovem debutante na blogsfera!
Não exactamente debutante, mas obrigada na mesma.
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