É na expressão cansada de todos os rostos que te apercebes da tua felicidade. É no cair lento da tarde, que demora, e nos silêncios, que compreendes que, para ti, o dia passa depressa e nunca deixas de cantar.
«You shouldn’t have to jump for joy.»
É na rotina dos outros que desfazes a tua crença na monotonia dos teus dias, e compreendes que a saudade do passado é importante, mas que há coisas que te são dispensáveis.
«In violent times, you shouldn’t have to sell your soul.»
Gritas!, e o dia amanhece no horizonte, penetrando nas fendas e raiando de ofuscante luz os nichos de indiferença. Nunca careces de um abraço, ou de um sorriso, ou de um olhar atónito que te faz sorrir, ou soltar estridentes gargalhadas que ecoam por salas quase vazias e mãos discretas.
«If I could change your mind, I’d really love to break your heart.»
Não é preciso ostentares o desprezo que não sentes. Nem tardas a perceber que se eclipsam, parcialmente, as estrelas por detrás das nuvens – manchas no céu -, mas que nenhuma te faz falta por ser irrelevante ver para além de ti. Os mitos derretem-se por entre as percepções de que o real basta para as lições de moral que corrompem a ética que segues piamente.
Frases confusas que se entranham na memória e se tornam irónicas constatações da des-realidade.
7 comentários:
A última frase a itálico está muito bonita, assim como todo o texto. A des-realidade é real.
Tiago'
De facto, a melhor parte do texto é quando pões lá partes da música dos Disturbed. Mesmo assim, não percebo o seu significado.
Obrigada, Sapiens.
Holy, ainda me tens de mostrar um texto meu que percebas bem, dos mais recentes - nada de ir buscar antigos.
E é dos Tears for Fears, a música.
Não é uma des-realidade, e se o é, são inúmeras as vezes que alguns o sentem, frente ao mundo que se lhes revela.
Lindíssimo ^^
Às vezes é quase impossível distinguir a realidade da des-realidade.
Obrigada, Leto. =)
Está muito giro o teu texto, gostei da maneira como interca-las com a letra da música =)
Obrigada, biscoito. ^^
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