quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Soneto IV

Tão lenta que é a esp'rança a fenecer.
Fica e desgasta, dor que permanece,
Ansejo podre d'alma, entristece,
É penumbra de eterno entardecer.

Vai, esp'rança, não me deixas viver
Senão com esta angústia que entorpece,
Esgotamento que me desfalece.
Vai, esp'rança, não tardes a morrer.

Vivo então contigo em rompido pranto,
Rasgado peito em dor e sofrimento.
Vai. Falece de vez, esp'rança minha,

Salva meu coração desse entretanto
Em que não morres, meu padecimento.
Vai, esp'rança, melhor fico sozinha.

4 comentários:

Leto of the Crows - Carina Portugal disse...

Não mandes a esperança embora, que ela fica deprimida!

Está mui mui mui mui lindo, magnífico! =D

Kath disse...

A culpa é dela!

Obrigada. :D

Anónimo disse...

Está tão...bom!
:O

Tão bonito...

Kath disse...

Obrigada, Nonó. *-* Ainda por cima dizes isso depois de vires de uma lição de poesia. xD