o lápis traça as linhas em que me oculto
neste céu de pétalas de glicínia vetusta,
nestas cores pálidas de amanhecer.
é um infinito em que o mundo não escorrega
e o tempo passa como se não passasse.
há nas letras mais vida e nas formas mais ser
e as palavras não doem. e eu não
sou.
as pontes quebraram-se e
shh, é a hora eterna do silêncio,
parceiro de cartas até ao final
da noite sem fim
(aqui onde me deixo)
quebraram-se as pontes e
as letras são minhas.
novamente.