há um silêncio profético no cair da noite.
vem, e diz-me
tu não sabes viver, que viver é mais
e isso que fazes é longínquo como o horizonte,
conta-me em tom seguro.
mas eu já o sei,
conheço de cor todos os passos que não dou
e os caminhos por onde não me levo.
mas a noite chega e relembra-mos com histórias
e encontros despertos em decadência.
adormeço com a mente entrançada em contos
com finais infelizes.
[03.12.2012]
domingo, 10 de março de 2013
quarta-feira, 6 de março de 2013
Chove
chove,
como eu choveria se a minha alma
fora carregada de instantes vazios que despejo
qual imaculada certeza no mundo.
chove,
como eu choveria se soubesse que o tempo
se gasta em traços mal-amados
cobertos pela insanidade dos risos.
chove,
como eu choveria se houvesse em mim
razões para chorar.
mas eu sou um abismo de tristezas
pintadas a nada.
chove,
mas a chuva cai sem mim.
[20.11.2012]
como eu choveria se a minha alma
fora carregada de instantes vazios que despejo
qual imaculada certeza no mundo.
chove,
como eu choveria se soubesse que o tempo
se gasta em traços mal-amados
cobertos pela insanidade dos risos.
chove,
como eu choveria se houvesse em mim
razões para chorar.
mas eu sou um abismo de tristezas
pintadas a nada.
chove,
mas a chuva cai sem mim.
[20.11.2012]
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