quinta-feira, 30 de junho de 2011

Não chega.

não chega.
como chegaria se é uma imensidão pequena
cheia de coisas de nada?
não toca o fundo e alcança o nada
e nunca chega.
não chega.
não doira as bordas da indomável,
não pinta os sonhos ou orna as cores.
pequena insignificante incompreensível.
dorido rasto de soberba e imaculada arrogância,
nos instantes arrastados e mudos.
não chega.
não!
pois se não tem querer ou vida!
não, não chega!
o que resta de sobras do que satisfez o moroso tempo
é um resquício irascível que fenece sem horas.
não chegou.