do ponto onde te encontras vês a borda do mundo,
estendes os dedos e vences a manhã com carícias pagãs.
cresce o dia, vai tarde a vontade, agora, nem todas as vezes
é repouso o sonhar que fazes.
fosse toda a música feita de ti, como a fazes,
e nascerias da abulia que esgrimes como arma de sopro.
sopro, pois que todos os ventos são resquícios de memórias,
e as noites apagam-se com a facilidade de velas murchas.
é desta! toca, sente, ergue a face e roça as nuvens que te aspiram,
milagres antecipados e feitos da erva que te acorda o caminho
durante a manhã que venceste com carícias pagãs.
sê heresia.
sê o cantar mais inocente que a ponta da tua caneta alcançar
e suspira confissões escondidas; ninguém tas saiba que te votam ufano,
vendendor de almas a troco de ingenuidade.
os pecados, sentidos como beijos contraditórios,
são somente papéis banhados no rio de versos perdidos,
lavados da cor pelo ondular do tempo.
6 comentários:
Tão lindo! Simplesmente adorei *.*
Feio!
Obrigada!
Não é nada feio! *sniff*
É!
São tão lindos este e o anterior O.O
São mesmo ...bons!
Não são assim tanto!
Mas obrigada, ainda bem que gostas! :D
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