quarta-feira, 6 de março de 2013

Chove

chove,
como eu choveria se a minha alma
fora carregada de instantes vazios que despejo
qual imaculada certeza no mundo.
chove,
como eu choveria se soubesse que o tempo
se gasta em traços mal-amados
cobertos pela insanidade dos risos.
chove,
como eu choveria se houvesse em mim
razões para chorar.
mas eu sou um abismo de tristezas
pintadas a nada.
chove,
mas a chuva cai sem mim.

[20.11.2012]

1 comentário:

Anónimo disse...

Chove, kath, chove, por favor. és toda a chuva do mundo.