domingo, 22 de março de 2009

Soneto III.


Já bastou o tempo perdido em vão
Aperta-se-me de dores o peito
Faz-me me falta o que em tempos foi meu leito
Um dia lá deixei o coração.

Indiferente sou pois desde então
Eterna vivo num corpo imperfeito
Não é já meu ele também, entreguei-to
Lamento que lhe falte o coração.

E agora não resta mais que cinzento
Não sobra em mim mais que o imortal nada
Perdidos o coração e a vida.

Já não há cores; foram-se com o vento
Acabei. Não serei jamais lembrada
Minha alma não encontra lar, perdida.

Nini, que me ajudou.]

3 comentários:

Inês disse...

Obrigada! ^^

Patrícia disse...

Um poema fantástico...espetacular!

Leto of the Crows - Carina Portugal disse...

Um poema lindo, como sempre ^^

Beijinhos!