segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Crença.

À Leto

Quebrei as convenções
Amaldiçoei credos,
Movi multidões
e nunca acreditei em mim.

Jurei verdades perversas
E entoei canções bastardas
Com minhas palavras controversas
e nunca acreditei em mim.

Seguiram-me reinos e reis
Gritei a quem me ouvisse:
“Desafiai-me, se vos atreveis!”
e nunca acreditei em mim.

Do que quis fui eleito senhor,
Espalhei boatos, rumores
Dei falsa alegria, era dor
e nunca acreditei em mim.

E agora que é tarde, o fim,
Ajoelho-me, peço a todos perdão
Garanto que é puro meu coração
e ainda não acredito em mim.

9 comentários:

Anónimo disse...

Estou à cinco minutos parado a tentar escrever um comentário ao que escreveste. Um comentário bom, construtivo, daqueles que eu não costumo fazer.

Mas cheguei à conclusão que não consigo, está bom demais para eu o conseguir comentar. A sério, muito bom mesmo.

Leto of the Crows - Carina Portugal disse...

E continuo a não acreditar em mim... mas sei que sou um ser cheio de nada hehehe

Gostei muito do poema, dá uma pequena imagem de mim *cof cof*

Kath disse...

Era uma imagem de mim, na verdade. xD

Leto of the Crows - Carina Portugal disse...

A imagem é minha *hmph*

O Mal acredita nele próprio! ^^

Kath disse...

Não a sério. Mas tu acreditas em ti quando dizes que és um vazio. :p

Leto of the Crows - Carina Portugal disse...

Ai acredito? xD

Se calhar só me tento convencer disso...

Kath disse...

Muahaha, admitiste!

Leto of the Crows - Carina Portugal disse...

Não admiti nada, coloquei uma hipótese, é diferente =P

Kath disse...

Nanana.